terça-feira, 5 de abril de 2011

Didática- Profª Enny

Algumas reflexões acerca desta matéria:

Didática

 


A palavra didática (português brasileiro) ou didáctica (português europeu) vem da expressão gregaarte ou técnica de ensinar. A didática é a parte da pedagogia que se ocupa dos métodos e técnicas de ensino, destinados a colocar em prática as diretrizes da teoria pedagógica. A didática estuda os diferentes processos de ensino e aprendizagem. O educador Jan Amos Komenský, mais conhecido por Comenius, é reconhecido como o pai da didática moderna, e um dos maiores educadores do século XVII. Τεχνή διδακτική (techné didaktiké), que se pode traduzir como
Os elementos da ação didática são:


História

Entre os anos 20 e 50

Nesse período, a didática praticada era a da Escola Nova, que buscou superar os postulados da escola tradicional, trazendo assim uma reforma interna no ensino. O movimento da escola nova defendia a necessidade de partir dos interesses das crianças, abandonando a visão delas como "adultos em miniatura" e passando a considerá-las capazes de se adaptar a cada fase de seu desenvolvimento. Foi a fase do "aprender fazendo", momento em que os jogos educativos passaram a ter um papel importante no dia-a-dia das escolas. Entre seus principais defensores encontram-se Anisio Teixeira, Fernando de Azevedo, Lourenço Filho, Cecília Meireles.

Entre os anos 60 e 80

Nesse período, a didática assumiu o enfoque teórico numa dimensão denominada tecnicista, e deixou o enfoque humanista centrado no processo interpessoal, para uma dimensão técnica do processo ensino-aprendizagem.
A era industrial fez-se presente na escola, e a didática era vista como uma estratégia objetiva, racional e neutra do processo. O referencial principal do ensino era a fábrica, e sobre ela se construiram as práticas educativas e as conceitualizações referentes à educação.

Dos anos 90 até a atualidade

A didática tornou-se um instrumento para a cooperação entre docente e discente, para que realmente ocorresse a evolução dos processos de ensino e aprendizagem. Para isso é importante o comprometimento, o esfoço e o exercício de suas técnicas em ambos os lados, para que o conhecimento realmente seja transmitido do professor para o aluno.

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.


DIDÁTICA E PRÁTICA INTERDISCIPLINAR


Defini-se Didática como sendo a Arte de Ensinar; o procedimento pelo qual o mundo da experiência e da cultura é transmitido pelo educador ao educando, nas escolas ou em obras especializadas. / Conjunto de teorias e técnicas relativas à transmissão do conhecimento.

O vocábulo didática deriva da expressão grega Τεχνή διδακτική (techné didaktiké), que se traduz por arte ou técnica de ensinar. O ensino é uma forma sistemática de transmissão de conhecimentos utilizada pelo pedagogia para instruir e educar seus semelhantes, geralmente em locais conhecidos como escolas.
Pedagogia é a ciência ou disciplina cujo objetivo é a reflexão, ordenação, a sistematização e a crítica do processo educativo.
A Didática é a parte da pedagogia que se ocupa dos métodos e técnicas de ensino destinados a colocar em prática as diretrizes da teoria pedagógica. A didática estuda os processos de ensino e aprendizagem.

Fonte:  http://www.acacio.kit.net/dpi1.htm acesso em 07/04/2011


21/03/2011


A aula teve início com um momento de relaxamento, respiração e movimentos.
Achei muito interessante o que a professora Enny falou a respeito do corpo:
"O pensamento padece com nossa inflexibilidade de movimentos"
Depois deste momento começamos a conversar sobre as dimensões do ser humano:
-sensorial
-intuitiva
-perceptiva
-afetiva
-social
-intelectual
-motora

É interessante como a escola reduz a dimensão do "educar" e age como se o seu papel fosse apenas o de "ensinar", valorizando o intelecto e desprezando as demais dimensões do ser humano.

"O sentimento é a tomada de consciência da emoção"

TRANSDISCIPLINARIDADE  E CRITICIDADE
Iremos debater acerca de teorias críticas com base Neo-Marxista  e teorias transdisciplinares, ou seja, que abordam as várias dimensões do ser humano.
"O resgate do sentido humano na atividade de educar"

Conversamos a respeito dos princípios de Koellreutter:
-Não acredite em nada que você lê
-Não acredite em nada do que você pensa
-Não acredite em nada do que o professor dz
-A palavra por que é uma universidade

Hans-Joachim Koellreutter


Hans-Joachim Koellreutter (Freiburg, 2 de setembro de 1915São Paulo, 13 de setembro de 2005) foi um compositor, professor e musicólogo alemão. Mudou-se para o Brasil em 1937 e tornou-se um dos nomes mais influentes na vida musical no País.
Estudou composição com Paul Hindemith e regência com Hermann Scherchen. Ainda jovem, já era conhecido e respeitado na Alemanha como flautista de concerto. Começava sua carreira de regente quando Adolf Hitler ascendeu ao poder. Ao ficar noivo de uma moça judia, desagradou sua família, que simpatizava com o nazismo e o denunciou à Gestapo. Exilou-se então no Brasil, onde foi morar no Rio de Janeiro. Conheceu e ficou amigo de Heitor Villa-Lobos e Mário de Andrade. Em 1938 começou a ensinar música no Conservatório de Música do Rio de Janeiro.
Na década de 1940 ajudou a fundar a Orquestra Sinfônica Brasileira, onde foi primeiro flautista. Naturalizou-se brasileiro em 1948. Participou da fundação da Escola Livre de Música de São Paulo em 1952 e da Escola de Música da Universidade Federal da Bahia, em Salvador (1954). Com o final da Segunda Guerra Mundial, pode voltar à Europa. Ganhou o prêmio Ford em 1962. A convite do Instituto Goethe, trabalhou na Alemanha, Itália e Índia, onde viveu entre 1965 e 1969. Neste país fundou a Escola de Música de Nova Deli. Esteve ainda em Sri-Lanka, no Japão, Uruguai e Coreia do Sul.
Retornou ao Brasil em 1975. Fixou-se desta vez em São Paulo. Foi diretor do Conservatório Dramático e Musical de Tatuí, em São Paulo e professor visitante do Instituto de Estudos Avançados da USP. Em 1981 a cidade do Rio de Janeiro lhe oferece o título de cidadão carioca. Nos últimos anos de sua vida morou no centro da cidade de São Paulo, sofrendo do Mal de Alzheimer. Morreu no dia 13 de setembro de 2005 em conseqüência de uma pneumonia.

Koellreutter e o meio musical brasileiro

Koellreutter fundou em 1939 o grupo Música Viva. Teve entre seus alunos de composição Cláudio Santoro, Guerra Peixe e Edino Krieger. Em 1948 Santoro e Guerra Peixe romperam com o antigo mestre, passando a criticá-lo.
Em 1950 ocorreu a maior polêmica em que Koellreutter esteve envolvido. Em 1950, Camargo Guarnieri publicou a Carta Aberta aos Músicos e Críticos do Brasil, criticando indiretamente a Koellreutter e sua pedagogia musical.
Além das técnicas tradicionais europeias, Koellreutter incorporou outras influências de todos os locais onde esteve. Na Índia, tomou conhecimento da música microtonal, que utilizou em várias de suas composições. Também soube misturar a tecnologia eletrônica, o serialismo e a harmonia acústica aprendida com Paul Hindemith às influencias da música brasileira, criando um estilo de composição próprio.
No Japão e na Índia conheceu as filosofias orientais. O Zen budismo e o hinduísmo o influenciaram na criação daquilo que ele dizia ser uma "estética do impreciso e do paradoxal"[nota 1].

Uma vida para ensinar música

Além de compositor, regente e flautista, Hans-Joachim Koellreutter foi antes de tudo um professor. Em 1941, contratado pelos pais de Tom Jobim, começou a lecionar piano e harmonia para o futuro criador da Bossa Nova que só tinha 13 anos. Foi seu primeiro professor de música. Além de Jobim, Koellreutter ensinou e influenciou, durante toda sua vida, uma legião de músicos populares e eruditos. Entre eles: Djalma Corrêa, Caetano Veloso, Tom Zé, Moacir Santos, Gilberto Mendes, Marlos Nobre, Tim Rescala, Clara Sverner, Gilberto Tinetti, Marcelo Bratke, Nelson Ayres, Paulo Moura, Roberto Sion, José Miguel Wisnik, Diogo Pacheco, Isaac Karabtchevsky, Jayme Amatnecks, Janete El Haouli, José Roberto Branco - Maestro Branco e Júlio Medaglia.
Koellreutter começou sua ligação com o meio musical mineiro participando das primeiras edições do "Festival de Inverno" de Ouro Preto, promovidos inicialmente pela Fundação de Educação Artística de Belo Horizonte e depois em conjunto com a Universidade Federal de Minas Gerais. Durante as décadas seguintes, eram frequentes seus cursos na capital mineira, abarcando a composição, a regência, a harmonia funcional, o contraponto palestriniano, a filosofia e música indiana e japonesa, entre outros temas. Inicialmente na Fundação de Educação Artística, tais relações acabaram por tornar Koellreutter professor convidado da Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais, quando, além de ministrar aulas de composição, harmonia e contraponto, coordenou também o Centro de Música Contemporânea. Nesse longo tempo foi professor de inúmeros músicos, educadores e compositores, nomes como os de Nélson Salomé, João Francisco de Paula Gelape, Sérgio Canedo, Marden Maluf, Denis Mandarino, Dino Nugent Cole, Rogério Vasconcellos Barbosa, Eduardo Ribeiro, Guilherme Paoliello, Rubner de Abreu, Lina Márcia, Betânia Parizzi, Joâo Gabriel Fonseca, entre tantos outros. Importantes contatos didáticos, educacionais e musicais são consequência desse envolvimento e ligam Koellreutter também a Rufo Herrera, Berenice Menegale, Eládio Perez Gonzalez, Afrânio Lacerda e Carlos Alberto Pinto Fonseca.
O segredo de tamanha variedade foi seu método, que se baseava na liberdade de expressão e na busca da identidade de cada aluno. Incentivava a liberdade de pensamento e a necessidade de cada aluno buscar seu próprio caminho. Em uma entrevista concedida ao Jornal Folha de São Paulo, explicou seu método da seguinte maneira: "Aprendo com o aluno o que ensinar. São três preceitos: 1) não há valores absolutos, só relativos; 2) não há coisa errada em arte; o importante é inventar o novo; 3) não acredite em nada que o professor disser, em nada que você ler e em nada que você pensar; pergunte sempre o por quê."

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hans-Joachim_Koellreutter


Duas frases que a professora falou durante a aula e que me chamaram muita atenção:


"Não há limites para os seres humanos, não há limites para nossos alunos"

 fonte:http://coisasaleatorias.wordpress.com/2008/06/21/100-pela-centesima-vez/imagem-100limites2/


"Devemos expandir nosso olhar sobre os alunos e sobre as metodologias didáticas, nunca devemos adotar um olhar reducionista"


Na aula também tivemos um debate sobre paradigmas, cujo conceito é:


Paradigma (do grego parádeigma) literalmente modelo, é a representação de um padrão a ser seguido. É um pressuposto filosófico, matriz, ou seja, uma teoria, um conhecimento que origina o estudo de um campo científico; uma realização científica com métodos e valores que são concebidos como modelo; uma referência inicial como base de modelo para estudos e pesquisas.
 fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Paradigma  


O QUE É PARADIGMA?

fonte: http://muitopelocontrario.wordpress.com/2010/03/10/


Paradigma pode ser entendido por um exemplo, um modelo, uma referencia, uma diretriz, um parâmetro, um rumo, uma estrutura, ou ate mesmo ideal. Algo digno de ser seguido. Podemos dizer que um paradigma é a percepção geral e comum - não necessariamente a melhor - de se ver determinada coisa, seja um objeto, seja um fenômeno, seja um conjunto de idéias. Ao mesmo tempo, ao ser aceito, um paradigma serve como critério de verdade e de validação e reconhecimento nos meios onde é adotado. Foi o físico Thomas Khun que o utilizou como um termo científico em seu livro A Estrutura das Revoluções Científicas, publicado em 1962.

Definimos paradigma como uma matriz disciplinar que sustenta uma concepção de mundo numa determinada época. Um paradigma possui um modelo de racionalidade no qual se incluem todas as esferas, quer científicas, filosóficas, teológicas, ou de senso comum.

Fonte: http://www.artigonal.com/ciencia-artigos/o-que-e-paradigma-705722.html


Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro
puseram uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas.
Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas
lançavam um jacto de água fria nos que estavam no chão. Depois de certo
tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros enchiam-no de pancada.
Passado mais algum tempo, mais nenhum macaco subia a escada, apesar da
tentação das bananas. Então, os cientistas substituíram um dos cinco
macacos. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo
rapidamente retirado pelos outros, que lhe bateram.
Depois de alguma surras, o novo integrante do grupo não subia mais a escada.
Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto
participado, com entusiasmo, na surra ao novato. Um terceiro foi trocado, e
repetiu-se o facto. Um quarto e, finalmente, o último dos veteranos foi
substituído.
Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca
tendo tomado um banho frio, continuavam a bater naquele que tentasse chegar
às bananas.
Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em quem tentasse
subir a escada, com certeza a resposta seria: "Não sei, as coisas sempre
foram assim por aqui..."
Não devem perder a oportunidade de passar esta história para os vossos amigos,
para que, de vez em quando, se questionem porque fazem algumas coisas sem
pensar ...


É MAIS FÁCIL DESINTEGRAR UM ÁTOMO DO QUE UM PRECONCEITO"

Albert Einstein

Fonte: http://estupideznatural.blogs.sapo.pt/arquivo/242941.html 

Mostrei meu blog para minha prima Larissa e ela me indicou um outro texto muito interessante a respeito de paradigmas,  da dificuldade que é mudar um sistema...

 

A fábula dos porcos assados

Uma das possíveis variações de uma velha história sobre a origem do assado é a seguinte:
Certa vez aconteceu um incêndio num bosque onde havia alguns porcos, que foram assados pelo fogo. Os homens, acostumados a comer carne crua, experimentaram e acharam deliciosa a carne assada. A partir daí, toda vez que queriam comer porco assado, incendiavam um bosque... até que descobriram um novo método.

Mas o que quero contar é o que aconteceu quando tentaram mudar o SISTEMA para implantar um novo. Fazia tempo que as coisas não iam lá muito bem: às vezes os animais ficavam queimados demais ou parcialmente crus. O processo preocupava muito a todos, porque se o SISTEMA falhava, as perdas ocasionadas eram muito grandes - milhões eram os que se alimentavam de carne assada e também milhões os que se ocupavam com a tarefa de assá-los. Portanto, o SISTEMA simplesmente não podia falhar.

Mas, curiosamente, quanto mais crescia a escala do processo, tanto mais parecia falhar e tanto maiores eram as perdas causadas. Em razão das inúmeras deficiências, aumentavam as queixas. Já era um clamor geral a necessidade de reformar profundamente o SISTEMA.

Congressos, seminários, conferências passaram a ser realizados anualmente para buscar uma solução. Mas parece que não acertavam o melhoramento do mecanismo. Assim, no ano seguinte repetiam-se os congressos, seminários, conferências. As causas do fracasso do SISTEMA, segundo os especialistas, eram atribuídas à indisciplina dos porcos, que não permaneciam onde deveriam, ou à inconstante natureza do fogo, tão difícil de controlar, ou ainda às árvores, excessivamente verdes, ou à umidade da terra, ou ao serviço de informações meteorológicas, que não acertava o lugar, o momento e a quantidade das chuvas...

As causas eram, como se vê, difíceis de determinar - na verdade, o sistema para assar porcos era muito complexo. Fora montada uma grande estrutura: maquinário diversificado; indivíduos dedicados exclusivamente a acender o fogo – incendiadores que eram também especializados (incendiadores da Zona Norte, da Zona Oeste, etc., incendiadores noturnos e diurnos – com especialização e matutino e vespertino - incendiador de verão, de inverno, etc.). Havia especialista também em ventos – os anemotécnicos. Havia um Diretor Geral de Assamento e Alimentação Assada, um Diretor de Técnicas Ígneas (com seu Conselho Geral de Assessores), um Administrador Geral de Reflorestamento, uma Comissão de Treinamento Profissional em Porcologia, um Instituto Superior de Cultura e Técnicas Alimentícias (ISCUTA) e o Bureau Orientador de Reforma Igneooperativas.

Havia sido projetada e encontrava-se em plena atividade a formação de bosques e selvas, de acordo com as mais recentes técnicas de implantação- utilizando-se regiões de baixa umidade e onde os ventos não soprariam mais que três horas seguidas.

Eram milhões de pessoas trabalhando na preparação dos bosques, que logo seriam incendiados. Havia especialistas estrangeiros estudando a importação das melhores árvores e sementes, fogo mais potente, etc.

Havia grandes instalações para manter os porcos antes do incêndio, além de mecanismos para deixá-los sair apenas no momento oportuno. Foram formados professores especializados na construção dessas instalações. Pesquisadores trabalhavam para as universidades para que os professores especializados na construção das instalações para porcos; fundações apoiavam os pesquisadores que trabalhavam para as universidades que preparavam os professores especializados na construção das instalações para porcos, etc.

As soluções que os congressos sugeriam eram, por exemplo, aplicar triangularmente o fogo depois de atingida determinada velocidade do vento, soltar os porcos 15 minutos antes que o incêndio médio da floresta atingisse 47 graus, posicionar ventiladores-gigantes em direção oposta à do vento, de forma a direcionar o fogo, etc. Não é preciso dizer que os poucos especialistas estavam de acordo entre si, e que cada um embasava suas idéias em dados e pesquisas específicos. Um dia, um incendiador categoria AB/SODM-VCH (ou seja, um acendedor de bosques especializado em sudoeste diurno, matutino, com bacharelado em verão chuvoso), chamado João Bom-Senso, resolveu dizer que o problema era muito fácil de ser resolvido - bastava, primeiramente, matar o porco escolhido, limpando e cortando adequadamente o animal, colocando-o então sobre uma armação metálica sobre brasas, até que o efeito do calor – e não as chamas - assasse a carne. Tendo sido informado sobre as idéias do funcionário, o Diretor Geral de Assamento mandou chamá-lo ao seu gabinete, e depois de ouvi-lo pacientemente, disse-lhe:
- Tudo o que o senhor disse está muito bem, mas não funciona na prática.
O que o senhor faria, por exemplo, com os nemotécnicos, caso viéssemos a aplicar a sua teoria? Onde seria empregado todo o conhecimento dos acendedores de diversas especialidades?
- Não sei - disse João.
- E os especialistas em sementes? Em árvores importadas? E os desenhistas de instalações para porcos, com suas máquinas purificadores automáticas de ar?
- Não sei.
- E os anemotécnicos que levaram anos especializando-se no exterior, e cuja formação custou tanto dinheiro ao país? Vou mandá-los limpar porquinhos? E os conferencistas e estudiosos, que ano após ano têm trabalhado no Programa de Reforma e Melhoramentos? Que faço com eles, se a sua solução resolver tudo? Heim?
- Não sei - repetiu João encabulado.
- O senhor percebe agora que a sua idéia não vem ao encontro daquilo de que necessitamos? O senhor não vê, que, se tudo fosse tão simples, nossos especialistas já teriam encontrado a solução há muito tempo atrás? O senhor com certeza compreende que eu não posso simplesmente convocar os anemotécnicos e dizer-lhes que tudo se resume a utilizar brasinhas, sem chamas! O que o senhor espera que eu faça com os quilômetros e quilômetros de bosques já preparados, cujas árvores não dão frutos e nem têm folhas para dar sombra? Vamos, diga-me.
- Não sei, não senhor.
- Diga-me, nossos três engenheiros em Porcopirotecnia, o senhor não considera que sejam personalidades científicas do mais extraordinário valor?
- Sim, parece que sim.
- Pois então. O simples fato de possuirmos valiosos engenheiros em Porcopirotecnia indica que nosso sistema é muito bom. O que eu faria com indivíduos tão importantes para o país?
- Não sei.
- Viu? O senhor tem que trazer soluções para certos problemas específicos - por exemplo, como melhorar as anemotécnicas atualmente utilizadas, como obter mais rapidamente acendedores de Oeste (nossa maior carência), como construir instalações para porcos com mais de sete andares. Temos que trabalhar para melhorar o sistema, e não desorganizá-lo totalmente, o senhor, entende? Ao senhor, falta-lhe sensatez!
- Realmente, eu estou perplexo! - respondeu João.
- Bem, agora que o senhor conhece as dimensões do problema, não saia dizendo por aí que pode resolver tudo. O problema é bem mais sério e complexo do que o senhor imagina. Agora, entre nós, devo recomendar-lhe que não insista nessa sua idéia - isso poderia trazer problemas para o senhor no seu cargo. Não por mim, o senhor entende. Eu falo isso para o seu próprio bem, porque eu o compreendo, entendo perfeitamente o seu posicionamento, mas o senhor sabe que pode encontrar outro superior menos compreensivo, não é mesmo?

João Bom-Senso, coitado, não falou mais um "A".

Sem despedir-se, meio atordoado, meio assustado com a sua sensação de estar caminhando de cabeça para baixo, saiu de fininho e ninguém nunca mais o viu. Por isso é que até hoje se diz, quando há reuniões de Reforma e Melhoramentos, que falta o Bom-Senso.
Nossos paradigmas estão em crise e mudar os amplos paradigmas que regem toda a sociedade é muito difícil, estamos no século XXI, saindo de um paradigma cientificista para um novo paradigma mais humano, estamos em um desequilíbrio gerado com esta mudança, e como tudo o que é novo, isto nos assusta um pouco...
Será que um dia venceremmos o medo da mudança? Será que um dia, este sistema educacional tão falho será realmente modificado? Será que modificar este sistema interessa áqueles que estão no poder?
Ficam estas perguntas...



Os paradigmas na educação



Será que existe um paradigma ideal???


28/03/2011 

Esta, sem dúvida, foi uma das aulas mais gostosas que eu já tive...


É engraçado como depois de tantos anos estudando música e dando aula de música, a gente descobre que não sabe ouvir de verdade...



04/04/2011 

Análise e discussão em grupo sobre os textos:

-CANDAU, Vera Maria (Org.) A Didática em questão, capítulo 1
-LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez, 1994, capítulo 10

CANDAU



-Defende uma abordagem multidimensional, que englobe a abordagem humanista, a tecnicista e a político-social.

Fala sobre os momentos da didática:

-1º momento: A idéia da neutralidade que resulta em uma didática tecnicista sem nenhuma articulação com o contexto social. A didática da ditadura  reforça o controle, a repressão e o autoritarismo.

-2º momento: É um momento de crítica á neutralidade e uma afirmação política, ocorre a negação da técnica, resultando em professores sem domínio  do conteúdo, de recursos/ métodos e didáticas.

-HOJE: A Didática Multidimensional.

LUCKESI:


-A didática articula teoria com prática docente, e a educação deve objetivar transformar a sociedade.

-A educação não é neutra, está fundamentada em uma visão filosófica-política

"Quando não escolhemos uma concepão teórica para direcionar nossa ação, seguimos a teoria dominante, o senso-comum." (Enny)

-A escola deve mediar a elevação cultural do educando partindo de sua cultura diária e transgredindo para as culturas acumuladas pela humanidade, tendo como mediador o Educador.

-A relação professor-aluno deve ser o meio para a elevação cultural, o professor deve ter autoridade pedagógica e não autoritarismo.

-O processo de continuidade e ruptura é essencial para a elevação cultural.

-Tendo o professor como mediador o aluno adquire " um modo original de entender o mundo e a realidade" criando independência e reciprocidade.




Nesta aula a professora Enny deixou um questionamento:


Como eu levo meu posicionamento político para a sala de aula?


                                                                                                            Jéssica Cajuela

Desde minha primeira licenciatura é debatido o fato da prática pedagógica não ser neutra, do fato da pedagogia aplicada em sala vir carregada de concepções políticas, sociais e ideológicas do educador.
Atualmente, em meu curso de pós-graduação em Educação Musical, este tema foi abordado mais uma vez, porém, com uma proposta diferenciada, a de analisar minha prática pedagógica e a maneira como eu faço política em minhas aulas.
Para isto realizei a leitura do livro política e educação de Paulo Freire, e selecionei alguns trechos que considero de suma importância em minha prática docente:

“Para que os seres humanos se movam no tempo e no espaço no cumprimento de sua vocação, na realização de seu destino, (...) é preciso que se envolvam permanentemente no domínio político, refazendo sempre as estruturas sociais, econômicas, em que se dão as relações de poder e se geram as ideologias. A vocação para o ser mais, enquanto expressão da natureza humana fazendo-se na história, precisa de condições concretas sem as quais a vocação se distorce.
            Sem a luta política, que é a lua pelo poder, essas condições necessárias não se criam. (...)
            A nossa experiência, que envolve condicionamentos mas não determinismo, implica decisões, rupturas, opções, riscos. Vem se fazendo na afirmação, ora da autoridade do educador que, exacerbada, anula a liberdade do educando, caso em que este é quase objeto, ora na afirmação de ambos, respeitando-se em suas diferenças, caso em que são, um e outro, sujeitos e objetos do processo, ora pela anulação da autoridade, o que implica um clima de irresponsabilidade.
            No primeiro caso temos o autoritarismo, no segundo, o ensaio democrático, no terceiro, o espontaneísmo licencioso.(...)
            O que a pós-modernidade progressista nos coloca é a compreensão realmente dialética da confrontação e dos conflitos e não sua inteligência mecanicista. (...) Em lugar de uma decretação de uma Nova história sem classes sociais, sem ideologia, sem luta, sem utopia e sem sonho, o que a cotidianidade nega contundentemente, o que temos que fazer é  repor o ser humano que atua, que pensa, que fala, que sonha, que ama, que odeia, que cria e recria, que sabe e ignora, que se afirma e que se nega, que constrói e que destrói, que é tanto o que herda quanto o que adquire, no centro de nossas  preocupações. A radicalidade de meu ser, enquanto gente e enquanto mistério, não permite, porém, a inteligência de mim na estreiteza da singularidade de apenas um dos ângulos que só aparentemente me explica. Não é possível entender-me apenas como classe, ou como raça, ou como sexo, mas, por outro lado, minha posição de classe, a cor de minha pele e o sexo com que cheguei ao mundo não podem ser esquecidos na análise do que faço, do que penso, do que digo. Como não pode ser esquecida a experiência social de que participo, minha formação, minhas crenças, minha cultura, minha opção política, minha esperança.(...)”[1]
            “Uma das condições necessárias para que nos tornemos um intelectual que não teme a mudança é a percepção e a aceitação de que não há vida na imobilidade. De que não há progresso na estagnação. De que, se sou, na verdade, social e politicamente responsável, não posso me acomodar às estruturas injustas da sociedade. Não posso, traindo a vida, bendizê-las.
            Ninguém nasce feito. Vamos nos fazendo aos poucos na prática social de que tornamos parte.”[2]
           
            Partindo do conceito de que ninguém nasce feito, busco, em minha prática pedagógica, desenvolver alunos críticos e conscientes, e restaurar éticas e valores que vem sendo esquecidos em nossa atual sociedade.
            Acredito na afirmação do Ensaio democrático, como diria Paulo Freire, uma prática pedagógica onde o respeito é primordial e educandos e educadores são sujeitos e objetos do processo de aprendizagem.
            Como faço isso na prática? Acredito que estas concepções estejam presentes desde as atitudes mais simples...
            A escola que eu estou trabalhando este ano é estruturada com salas ambiente, o que eu considero muito melhor, e esta visão política que tenho da educação se inicia com a “montagem” da sala, que não segue o padrão de fileiras, em que os educados sentam-se individualmente um atrás do outro, e o professor fica á frente no papel de “portador do conhecimento absoluto”, em minha sala não existem mesas individuais, são mesas retangulares e compridas, colocadas em círculo. Acredito que esta disposição permite um diálogo e troca de conhecimentos muito melhor pelo fato de todos se verem e estarem sentados em iguais condições. Sem contar que, com esta formação não existem os alunos “bons” que sentam-se nas primeiras fileiras e os “ruins” que sentam no “fundão”, assim, não há preconceito nem por parte dos alunos nem por parte do educador.
            A respeito ainda da estrutura física da escola, coloco sobre as mesas potes para servirem de lixo pois constatei que os alunos nunca se levantam e vão até o lixo, simplesmente jogam a sujeira no chão. Sempre tenho conversas com eles acerca da preservação do espaço escolar, pois eles não tem mais a consciência de que este espaço é deles e que não depende apenas de professores e funcionários, mas que também são eles que podem torna-lo um espaço melhor. Desta maneira trabalho muitas questões que acredito serem de extrema importância como o respeito, o não preconceito, a igualdade entre educandos e educador, o diálogo e o trabalho em grupo em contraposição á nossa sociedade cada vez mais individualista.
            Certa vez eu estava de braços cruzados na sala, calada, aguardando silêncio. Quando uma aluna falou:
-Professora, por que você não dá um grito? Ou então “manda eles” para fora a sala?
            E eu comecei a responder, em um tom de voz normal, relativamente baixo, que mandá-los para fora da sala não resolveria o problema, pois na aula seguinte eles estariam gritando e desrespeitando a professora da mesma maneira, e eu não gritaria pois eu acredito na educação, e da mesma maneira que eu não quero que os alunos gritem, eu também não iria gritar, que eu nunca faria com eles o que eu não quero que façam á mim, e que eu tinha fé de que um dia eles aprenderiam a ter educação...            aprenderiam a me respeitar...
            Quando eu terminei esta fala a sala estava completamente em silêncio, e os alunos que conversavam pediram-me desculpas. Deste dia em diante, quando começam a falar e gritar em momentos inapropriados, eu apenas me calo em frente á sala e poucos momentos depois os alunos percebem sua atitude incorreta, ficam em silêncio e pedem desculpas.
            É por meio de atitudes simples que trabalho política e resgate de muitos valores perdidos!
            Acredito que o conhecimento deve ser uma troca, assim, sempre busco levar conhecimentos novos para a sala de aula mas também peço para os educandos levarem aquilo que já possuem, desta maneira consigo também desenvolver um pensamento mais crítico acerca de tudo o que nos é imposto socialmente.
            Leciono em uma escola estadual em São Bernardo do Campo e tenho em grande maioria alunos afro-descendentes, nordestinos e de baixo poder aquisitivo, ou seja, alunos excluídos socialmente. Muitos possuem auto-estima abalada e acreditam que não são capazes de nada.
            Em minha prática político-pedagógica procuro torna-los ativos na construção dos conhecimentos, não levo nada “pronto”, busco mediar situações onde os educandos escolhem seus caminhos e constroem seus conhecimentos, busco dialogar sobre tais descobertas e ampliar ainda mais esta construção, pois acredito que, desenvolvendo alunos ativos na construção de seus conhecimentos, desenvolvo também cidadãos ativos, críticos e conscientes, cidadãos que simplesmente não aceitam as coisas como elas são...





[1] Freire, Paulo, “Política e educação: ensaios” 5ed. –São Paulo, Cortez, 2001 (coleção questões de nossa época) p. 8 a 10
[2] Freire, Paulo, “Política e educação: ensaios” 5ed. –São Paulo, Cortez, 2001 (coleção questões de nossa época) p 40.

________________________________________________________________________

Vídeo interessante: 
11/04/2011 

       A aula teve início com a professora Enny esclarecendo algumas dúvidas sobre os portfólios, o que "colocar" em um portfólio? Simplesmente tudo que o faça crescer de alguma maneira, que complemente as discussões iniciadas em sala de aula, ou que traga novas discussões, por que não???

Bem, acredito que seja isto que eu estou fazendo...

________________________________________________________________________

A professora Enny disse duas frase bem interessantes:

"O primeiro passo pra você ser ouvido e alcançar o poder é se apropriar do conhecimento, que até o momento se restringia áqueles que estão no poder."

"A escola leva o conhecimento á sua expansão"

Surgiu na aula o conceito de Empowerment, que muito me interessou.

Empowermwnt: empodeiramento de pessoas que precisam e desejam tornarem-se seres atuantes, assumindo o poder sobre aquilo que lhes interessam, é a emancipação humana, a consciência crítica. Este conceito surgiu nas lutas pelos direitos civis.

Uma educação democrática deve ter como objeivo desenvolver o poder COM o outro, e não Sobre o outro.

O seguinte trecho foi retirado de: http://www.fef.unicamp.br/departamentos/deafa/qvaf/livros/alimen_saudavel_ql_af/escolares/escolares_cap12.pdf
 
"O conceito de empowerment, cujas raízes originam-se a partir da segunda metade do século XX, através de lutas por direitos civis e emancipação feminina nos países desenvolvidos, pode ser entendido como o fortalecimento político-organizacional de uma determinada coletividade que busca transformar a realidade local e desenvolvê-la social e economicamente a partir de ações solidárias e colaborativas em prol de interesses comuns (FRIEDMAN, 1992).
A inexistência do termo “empoderamento” no idioma português causa a co-existência de múltiplas interpretações para tal noção, o que, juntamente com um embasamento teórico pouco consistente, pode dificultar a utilização desse conceito de maneira apropriada.
Carvalho (2004), ao apresentar reflexões sobre aspectos relacionados aos desafios sanitários contemporâneos, parte do pressuposto de que o conceito de empowerment representa um eixo central de Promoção à Saúde.
Segundo esse autor, entretanto, algumas questões precisam ser discutidas a partir das raízes dos reais problemas para que declarações a favor de uma sociedade mais saudável e justa não se transformem em discursos desprovidos de sentido. Entre essas questões destacam-se: Qual a teoria sobre o poder que sustenta esse conceito? É possível um processo de empowerment que não questione as estruturas existentes? Qual a relação entre o sentimento de poder e o poder sobre os recursos concretos? A quem servem o empowerment
e a participação comunitária?
Duas noções são desenvolvidas no referido artigo com o intuito de refletir sobre tais questões. A primeira, restrita ao indivíduo, é a de empowerment psicológico, que pode ser definida como um sentimento de maior controle sobre a própria vida, fortalecimento da auto-estima e capacidade de adaptação ao meio, experimentada através do pertencimento a grupos determinados, sem que haja necessariamente participação em ações políticas coletivas.
Esse sentimento de poder possui certamente aspectos positivos, contudo, também pode alimentar a ilusão da existência efetiva de poder nos indivíduos, enquanto o verdadeiro controle social é exercido por políticas e práticas macrossociais. Isto pode, de acordo com
Carvalho (2004), difundir a ideologia política da responsabilidade pessoal, ao mesmo tempo isentando o Estado de suas obrigações facilitando a inclusão de políticas de corte neoliberal em determinado contexto social.
A segunda noção, mais abrangente que a anterior, é a de empowerment comunitário, cuja conseqüência prática reflete uma postura de enfrentamento das determinações macro e microssociais responsáveis pelos males da sociedade. Deste modo, o elemento central dessa noção está na possibilidade do desenvolvimento de competências, por parte dos sujeitos, para uma participação politicamente ativa, pois, se a transformação da sociedade não depende unicamente do desenvolvimento crítico dos indivíduos, este, porém, mantém-se fundamental para sua ocorrência.
O empowermet comunitário inclui, de um lado, os aspectos positivos da experiência subjetiva do empowerment psicológico e, de outro, a realidade objetiva da mútua relação entre macroestruturas condicionantes e a ação de diferentes atores. Desta forma, pode ser visto como um processo de validação e legitimação da experiência de terceiros e também remoção de barreiras à vida em sociedade. Demonstra processos à promoção da participação e aumento do controle sobre a vida por parte de indivíduos e comunidades através de maior eficácia política, justiça social e melhoria da qualidade de vida (CARVALHO, 2004)."

 
Ações Educativas na Escola
 
As ações de “empoderamento” na escola devem ocorrer tentando atingir os quatro primeiros princípios do ciclo de mobilização proposto por Phil Bartle (2007), que são:
 
• Sensibilização da comunidade;
• Aumento da consciência dos direitos dos cidadãos;
• Diagnóstico participativo do nível de conhecimento;
• Definição dos objetivos prioritários para aquela comunidade.


________________________________________________________________________

Este artigo que encontrei e disponibilizo o  link a seguir  considero bem interessante pois são relatos de alunos portugueses acerca de uma experiência de empowerment realizada por sua  professora na matéria de sociologia da educação e administração escolar ministrada em um curso de formação de professores, por meio de uma perspectiva de conscientização de Paulo Freire. 


Interessante este estudo português se basear em Paulo Freire



Paulo Reglus Neves Freire (Recife, 19 de setembro de 1921São Paulo, 2 de maio de 1997) foi um educador e filósofo brasileiro. Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência. Autor de “Pedagogia do Oprimido”, um método de alfabetização dialético, se diferenciou do "vanguardismo" dos intelectuais de esquerda tradicionais e sempre defendeu o diálogo com as pessoas simples, não só como método, mas como um modo de ser realmente democrático. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial[1], tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica.

FONTE: Wikipédia

_________________________________________________________________________

Basta substituir EMPRESA por escola e imaginar a diferença que uma gestão escolar que pratica o Empowerment pode fazer em uma instituição escolar.

10 benefícios do empowerment
FONTE: http://tbcconsultoria.blogspot.com/2011/01/10-beneficios-do-empowerment.html

Em um processo de gestão participativa as organizações preparam seus profissionais para assumirem responsabilidades que antes eram centralizadas. Hoje, encontramos empresas que permite e estimulam os colaboradores a tomarem iniciativas, diagnosticarem os problemas e apresentarem soluções. Essa tendência que cada vez mais se torna presente no dia a dia das empresas tem um nome: empowerment. Confira alguns dos benefícios que esse processo gera ao ambiente corporativo.
1 - Ao terem a liberdade de tomarem iniciativas, os colaboradores diagnosticam os problemas referentes à organização, diagnosticam os motivos e apresentam soluções.
2 - Quando um problema corporativo é identificado rapidamente, as chances de encontrar soluções imediatas podem levar a empresa a não entrar em um "buraco negro", que comprometa seriamente o negócio.
3 - Um profissional que tem abertura para tomar decisões sente-se valorizado pela organização em que atua e isso impacta diretamente nos indicadores motivacionais.
4 - Aumento de indicadores como responsabilidade e comprometimento dos profissionais, alinhados aos valores, às crenças e aos resultados da companhia.
5 - Estímulo significativo à sinergia entre os colaboradores da empresa, o que resulta em um ambiente de trabalho na agradável para as pessoas.
6 - O empowerment torna-se um estímulo, para que o próprio colaborador busque o desenvolvimento de novas competências e aprimore as já existentes. Isso ocorre naturalmente, porque o profissional sente que suas decisões farão o diferencial para a empresa e para ele próprio.
7 - A pessoa que assume responsabilidades e tem a chance de adotar ações por iniciativa própria, abre as portas para que a organização avalie seus potenciais e tenha chances de crescimento interno.
8 - Abertura para o espírito empreendedor dos profissionais, um fator relevante para empresas competitivas e que entendem que o capital humano faz o diferencial.
9 - Obtenção de uma maior velocidade de resposta para os clientes da companhia e criação de um ambiente pró-ativo, o que facilita o atingindo metas desafiadoras.
10 - Uma vez que existe a delegação de poder para os profissionais, os níveis gerenciais têm mais liberdade plena para exercerem atuações nos aspectos estratégicos da empresa.

_________________________________________________________________________

 18/04/2011

Mais uma frase da Enny:

"A didática é a mediação entre o corpo físico e o corpo pensante"

Iniciamos conversas sobre a: 
TEORIA DA COMPLEXIDADE
E. Morin 



Complexidade: que é tecido em conjunto, teia, trançar, enlaçar, a multidimensionalidade.

 "O simples não existe, só há o simplificado" Gastan Bachelard

"O pensamento simplificador desintegra a complexidade do real." Edgar Morin

Fui pesquisar a palavra simples e veja o que achei:


adj.
Que não é composto, ou que é composto de elementos homogêneos, da mesma natureza elementar: o ouro, o oxigênio são corpos simples.
Que não é complicado; fácil; rudimentar: mecanismo, método simples.
Sem afetação, natural, modesto, espontâneo: é uma mulher simples.
Sem malícia, singelo, puro, sincero: simples como uma criança.
Que se deixa facilmente enganar; ingênuo.
Só, único (quando anteposto ao subst.): uma simples palavra bastava.
Mero, ordinário, sem qualidade ou graduação superior, sem outros títulos (quando anteposto ao subst.: é um simples bancário).
História natural. Diz-se dos órgãos que não possuem apêndices.
Botânica. Diz-se da flor cuja corola só tem um ciclo de pétalas.
Química. Corpo simples, o que não é suscetível de qualquer decomposição.
Gramática. Tempo simples, tempo do verbo que se conjuga sem auxiliar.
Religião. Voto simples, que não é solene e de que facilmente se pode ser dispensado.
S.m. Aquilo que é simples: passar do simples ao composto.
Pessoa simples; pessoa ingênua, crédula.

Expressões - fonte: http://pt.wiktionary.org/wiki/simples

 _______________________________________________________________________

Um momento de inspiração e reflexão sobre SIMPLES, surgiram estes pequenos versos:

DONA GRAMÁTICA

Sujeito simples,

Como assim?

E pensar que até minha gramática é reducionista,

Simplificadora, vazia...

"EU" deveria ser classificada

Como sujeito composto complexo

Ou complexo composto, como lhe agradar.

Ser namorada, filha, neta, professora,

Sangrar todo mês,

Ser mulher

E ainda ouvir que é SIMPLES?

Tá de brincadeira!!!

Olha dona gramática,

Vá escrever regrinhas pra outros

Que para mim não cola mais!!!


Jéssica Cajuela


______________________________________________________________________


Epistemologia da complexidade

                                                                     Edgar Morin

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Complexidade

A epistemologia da complexidade é um ramo da epistemologia que estuda os sistemas complexos e fenômenos emergentes associados. Trata-se pois de um termo rico de significados e portanto ambíguo, que vem se afirmando nas últimas décadas sobretudo no que diz respeito à transformação em curso no mundo da pesquisa científica, em razão da crescente tendência a negar os pressupostos de linearidade nos sistemas dinâmicos e a indagar mais profundamente o seu comportamento. 
Pedro Demo, um dos pensadores brasileiros contemporâneos de maior destaque nessa temática, autor de livros como "Metodologia do conhecimento científico", "Complexidade e Aprendizagem: a dinâmica não linear do conhecimento" e "Introdução à sociologia: complexidade, interdisciplinaridade e desigualdade social" (todos pela editora Atlas), afirma que Edgar Morin é considerado o "fundador da ciência da complexidade" na Europa. De fato, a obra de Morin é a mais extensa e a mais profunda no que se refere à temática da epistemologia da complexidade, especialmente depois de ter concluído a série de seis livros sobre "O Método" (ver bibliografia).
Para Morin, a ciência moderna ou clássica, na busca de sua autonomia em relação ao pensamento religioso da escolástica medieval, acabou por separar-se em vez de apenas distinguir-se da filosofia, do senso comum, das artes e da política. A ciência de base quantitativa se sobrepôs então às diversas formas de conhecimento, inclusive porque favorecia interesses das classes emergentes com as revoluções burguesas. Os Estados nacionais só puderam ser organizados a partir do conhecimento estatístico, do controle quantitativo da economia, dos territórios e das populações. Toda a industrialização serviu-se fortemente dos aspectos quantificáveis das ciências naturais na geração de tecnologias, a ponto de ter contribuído decisivamente para o surgimento da tecnociência, uma forma de conhecimento científico dirigido por critérios tecnológicos. A extensão dos critérios metodológicos das ciências naturais às ciências sociais levou à formação de um grande paradigma ocidental, que se caracteriza por ser disjuntor-e-redutor, ou seja, por separar (disjuntar) ciência e filosofia (incluindo aqui humanidades, artes e todo o conhecimento não quantificável), e por reduzir (reducionismo) o que é complexo ao que é simples (por exemplo, por meio da busca da menor parte da realidade física, os átomos, e depois as partículas dentro dos átomos). O pensamento disjuntor-redutor simplifica a realidade e com isso ganha espaço que historicamente pertenceu ao pensamento religioso, dogmático. O pensamento disjuntor-redutor estabelece-se como um grande paradigma, aparentemente confiável. Na realidade, a física subatômica já introduziu incertezas quanto aos limites do reducionismo. A fenomenologia já mostrou as insuficiências e ingenuidades do positivismo, da pretensão de captar-se uma realidade "objetiva" independente do olhar e dos pressupostos do pesquisador. Em meados do século XX as ciências da terra, a ecologia, a cosmologia e outras formas de conhecimento começam a buscar o diálogo pluridisciplinar. A partir de então, aquela crise que o paradigma disjuntor-redutor havia sofrido com a emergência da física subatômica (teoria da relatividade, princípio de incerteza, etc) e com a emergência da fenomenologia nas primeiras décadas do século XX é reforçada pelos diálogos multi, inter e transdisicplinares. É nesse contexto da história da ciência que emerge o pensamento complexo ou paradigma da complexidade, que visa associar sem fundir, distinguindo sem separar as diversas disciplinas e formas de ciência, assim como as diversas formas de conhecimento e inclusive outras instâncias da realidade, como Estado, Mercado e Sociedade Civil. O pensamento complexo não se limita ao âmbito acadêmico: transborda para os diversos setores das sociedades. E com isso questiona todas as formas de pensamento unilateral, dogmático, unilateralmente quantitativo ou instrumental. A incerteza faz parte do paradigma da complexidade, como uma abertura de horizontes, e não como um princípio que imobiliza o pensamento. Pensar de forma aberta, incerta, criativa, prudente e responsável é um desafio à própria democracia. Daí a noção de democracia cognitiva, que visa estabelecer o diálogo entre as diversas formas de conhecimento. Este é o caminho do pensamento complexo, um caminho que, embora tenha diversos princípios, oriundos da antiguidade, da modernidade e da pós-modernidade, é um caminho que se faz no seu próprio transcurso, no seu próprio fazer e repensar-se continuamente.

O pensamento complexo

A complexidade e suas implicações são as bases do denominado pensamento complexo de Edgar Morin, que vê o mundo como um todo indissociável e propõe uma abordagem multidisciplinar e multirreferenciada para a construção do conhecimento. Contrapõe-se à causalidade linear por abordar os fenômenos como totalidade orgânica.
Segundo Edgar Morin (Introdução ao Pensamento Complexo, 1991:17/19): "À primeira vista, a complexidade (complexus: o que é tecido em conjunto) é um tecido de constituintes heterogêneos inseparavelmente associados: coloca o paradoxo do uno e do múltiplo. Na segunda abordagem, a complexidade é efetivamente o tecido de acontecimentos, ações, interações, retroações, determinações, acasos, que constituem o nosso mundo fenomenal. Mas então a complexidade apresenta-se com os traços inquietantes da confusão, do inextricável, da desordem no caos,da ambigüidade, da incerteza... Daí a necessidade, para o conhecimento, de pôr ordem nos fenômenos ao rejeitar a desordem, de afastar o incerto, isto é, de selecionar os elementos de ordem e de certeza, de retirar a ambigüidade, de clarificar, de distinguir, de hierarquizar... Mas tais operações, necessárias à inteligibilidade, correm o risco de a tornar cega se eliminarem os outros caracteres do complexus; e efetivamente, como o indiquei, elas tornam-nos cegos."

Proposta

A proposta da complexidade é a abordagem transdisciplinar dos fenômenos, e a mudança de paradigma, abandonando o reducionismo que tem pautado a investigação científica em todos os campos, e dando lugar à criatividade e ao caos.

 Princípios

Sendo transdisciplinar, não é possível uma definição sucinta do termo e suas aplicações. Alguns dos conceitos que compõem o tecido da complexidade:
  • auto-organização
  • amplificação por flutuações
  • artificialeza
  • autoconsistência
  • autopoiese: capacidade de um sistema de organizar de tal forma que o único produto seja ele mesmo.
  • auto-semelhança
  • imprecisão
  • conectividade
  • construtivismo
  • correlação
  • criticabilidade
  • dialógica
  • diversidade
  • emergência
  • fluxo
  • imprevisibilidade
  • inclusão
  • metadimensionalidade
  • onijetividade
  • paradoxo
  • aderência
  • potencialidade
  • retorno
  • ressonância
  • rizomas
  • virtualidade 

 ________________________________________________________________________

Vídeos interessantes sobre o assunto:


Programa da disciplina Filosofia da Educação da UNIVESP aprofunda as ideias de Edgar Morin sobre a interdisciplinaridade e a complexidade com foco no presente e na sala de aula.








Este filme está em espanhol, é dividido em 6 pequenos vídeos, todos estão no youtube.

Edgar Morin: Un pensador Planetário








 
Os sete saberes para a educação do futuro (E. Morin)
(em português)


Os sete saberes necessários à educação do futuro" e "4 Pilares para a Educação do Século XXI". (Edgar Morin) (Jacques Delors)

http://www.youtube.com/watch?v=5oNicDmqRu0&feature=related

_________________________________________________________________________

Por que complexidade? Para combater a inteligência cega, a inteligência que não vê o entorno, as ramificações, o sentido de conhecer, a multidimensionalidade e a totalidade do ser humano.
__________________________________________________________________________

25/04/2011


"A inteligência cega resulta de "um modo mutilador de organização do conhecimento incapaz de reconhecer e aprender a complexidade do real." (E. Morin)


Nesta aula foi debatida a questão da cequeira, me lembrei de um filme que havia assistido:

Eugen Bavcar - Janela da Alma


Este trecho a seguir é de um filme nacional: Janela da Alma (tem relatos de diversos artistas, músicos, etc) que falam sobre suas deficiências visuais.





A professora Enny disse uma frase muito interessante: "Os paradigmas geram a cegueira"
Sobre paradigmas já falei bastante nos relatos acima, mas como não ficarmos cegos???

"O paradigma é inconsciente, mas irriga o pensamento consciente, controla-o e, neste sentido, é também supraconsciente" (E. Morin)

Desde que nascemos fmos criados com paradigmas, ficamos cegos pois é mais fácil.

Neste filme José Saramago fala sobre as pessoas que se "recusam" a seguir este sistema e NÃO  permanecerem na cequeira.


"A realidade depende do ponto de vista do observador"
Frases da Enny:

"A criança é um ser complexo, um emaranhado de dimensões, um ser multidimensional que se apresenta como um desafio novo a cada aula."

"A educação deve preparar-se para vislumbrar a diversidade de aspectos da formação da personalidade, a racionalidade, a emoção, o  sentimento,  as relações, etc."

"Nosso maior desafio é educar o ser humano multidimensional"

"Não importa a quantidade de conhecimento, mas a necessidade de conhecimento"

Surgem assim as discussões sobre transdiscipinaridade:





Vejam este relato da menina ligando para uma demolidora explodir sua escola...Eu fico imaginando, como seria esta escola? Como seriam estes professores? Como seriam estas aulas? Qual a visão que esta instituição tem da educação?



EM BUSCA DO CONHECER (E VIVER) TRANSDISCIPLINAR

Fonte: http://complexidade.ning.com/group/transdisciplinaridade



"Haveria alguma coisa entre e através das disciplinas e além delas? Do ponto de vista do pensamento clássico, não há nada, absolutamente nada. O espaço em questão é vazio, completamente vazio, como o vazio da física clássica. Mesmo renunciando à visão piramidal do conhecimento, o pensamento clássico considera que cada fragmento da pirâmide, gerado pelo big-bang disciplinar, é uma pirâmide inteira; cada disciplina proclama que o campo de sua pertinência é inesgotável. Para o pensamento clássico, a transdisciplinaridade é um absurdo por que não tem objeto. Para a transdisciplinaridade por sua vez, o pensamento clássico não é absurdo, mas seu campo de aplicação é considerado como restrito.

Diante de vários níveis de Realidade, o espaço entre as disciplinas e além delas está cheio, como o vazio quântico está cheio de todas as potencialidades: da partícula quântica às galáxias, do quark aos elementos pesados que condicionam o aparecimento da vida no Universo."


Basarab Nicolescu, autor de


______________________________________________________________________
Pensando em música e transdisciplinariade, veja o que eu encontrei:

Transdisciplinaridade da natureza das coisas 

Fonte: http://estacoesmimesis.blogspot.com/2008/12/transdiscipliraridade.html


Refletirá a ordem, a percepção e a retórica dos sons a natureza das coisas. A música espelhará, como estrutura orgânica de som, assim como a linguagem – de alguma forma, a essência de uma sociedade, uma era, um pensamento? Sou levado a crer que sim e é nessa hipótese que calço meu argumento. Mas não se pode ouvir a música setecentista com ouvidos modernos, supondo que o homem de alguns séculos a ouviu com o mesmo ouvido de hoje, nem do ponto de vista físico. Nem podemos ler versos de duzentos anos como se tivessem sido escritos hoje – pois, em sede de mutação, o sentido da palavra é a instância mais fluida.
Foi na elaboração do mais alto grau metafórico, empreendendo a mimese nessa trama de sinais, que foi estabelecida a compreensão dos processos semióticos das obras emuladas e que se pôde obter um produto mais próximo à realidade e de sua compreensão figurativa – tanto do ponto de vista visual direto quanto simbólico discreto.
Urdir esta complexa trama de conexões múltiplas implicará no enfrentamento com a diversidade discursiva pretensamente intimidativa, legitimada pelos saberes cristalizados. É modo de devorar o objeto a ponto de desfigurá-lo, realizar a carnavalização da retórica nesse ritual canibalístico e fazer do banquete dionisíaco fonte produtiva de texturas híbridas, polifônicas, babélicas , eis alguns dos propósitos da obra em análise.
O discurso transdisciplinar, a retórica iconográfica na linguagem contemporânea, tem por um lado amplificada sua eficácia, mas se torna mais neutra à medida que sua linguagem é mais complexa, metafórica, metonímica, universalista. Prosseguindo na linha desta aparitmese , o discurso deixa de ser dominante, para ser dialógico; deixa de ser didático para ser didascálico, deixa de ser literal para ser literário; o discurso desta retórica não é jornalístico, mas é cotidiano e atual; não é discurso persuasivo, mas não deixa de ser sugestivo . É discurso apofântico , lúdico, polêmico, aberto.
  • Aparitmese: na retórica, ato ou efeito de enumerar, especificação, designação de coisas uma por uma. HOUAISS.
  • Apofântico: enunciado verbal passível de ser considerado verdadeiro ou falso, em função de descrever corretamente ou não o mundo real Aristóteles considerou-o o único objeto a ser estudado pela lógica, em contraste com as manifestações lingüísticas afetivas, desejantes, interrogativas etc., que pertenceriam antes à retórica ou à poética. HOUAISS.
_________________________________________________________________________

02/05/2011 e 09/05/2011


Iniciamos nossas discussões sobre planejamento

O que é planejamento?

Caminhos/ estratégias para alcançar um determinado objetivo
É um instrumento metodológico que organiza coneúdos, matérias e estratégias visando um fim, utilizando-se da didática para definir as possíveis articulações.
Organizar a prática, é a corporeificação da didática, nós planejamos para concetizar objetivos especificados.
O planejamento deve ser sempre aberto á mudanças.

PROCESSOS DE ENSINO/ APRENDIZAGEM


A INTERVENÇÃO: traz certa provocação. É uma maneira de mediar, de levar á criação, de ser colocado em conflito, de envolver, de dinamizar. Ajuda a criar um "por que" e um "o que" arender. Ela motiva.

ENCAMINHAMENTOS: O professor encaminha, media situações de aprendizagem, leva coisas novas para a sala, assim como os alunos também levam, há uma troca de conhecimentos, por isso o planejamento deve ser aberto e possibilita analisar o que deu certo e o que deve ser modificado. Os encaminhamentos são o corpo da aula, as discussões, as atividades práticas, etc.

DEVOLUÇÃO: Esclarecimento da aula, limitar os temas a serem estudados, contextualizar, delimitar inhas de pensamento, é o omento de um fechamento, da definição de fundamentações teóricas, de expansão do conhecimento.
É a devolutiva de todo o processo.



16/05/2011

Nesta aula nos dividimos em grupo e debatemos sobre nossos planejamentos, intervenções, encaminhamentos e devoluções.
Meu grupo criou o gráfico a seguir, analisando o planejamento de forma cíclica.



23/05/2011

Nesta aula conversamos sobre um ensino que realmente tenha significado para o educando, caso contrário, tudo o que fazemos é em vão.
Nestas discussões surgiu a proposta triangular da ANA MAE (devido á minha formação em Artes Visuais, esta proposta já faz parte de meu planejamento há tempos) 



Nesta aula também iniciamos as discussões sobre avaliação.



"Toda devolução é uma avaliação, mas nem toda avaliação é uma devolução."



30/05/2011 

Continuaos conversando sobre avaliação.
Em meu curso de pedagogia (que também estou fazendo atualmente) a professora sugeriu uma atividade que acho interessante ser colocada aqui:


 Respondam criticamente: a. O que é avaliação formativa? b. Qual é o melhor instrumento de avaliação? c. Progressão automática: solução ou problema?
A avaliação formativa é a componente indispensável e indissociável da prática pedagógica, suas múltiplas funções se consubstanciam na orientação e regulação do processo ensino-aprendizagem no âmbito da aprendizagem significativa. Para o aluno, a função dessa concepção de avaliação é fornecer subsídios para que ele compreenda o seu próprio processo de aprendizagem e o funcionamento de suas capacidades cognitivas subjacentes na resolução de problemas. Dentro desse escopo, o foco se desloca do nível do desempenho para o da competência.

Para o professor, a avaliação formativa orienta e regula a prática pedagógica, uma vez que se propõe analisar e identificar a adequação de ensino com o verdadeiro aprendizado dos alunos. Cowie e Bell definem como um processo bidirecional entre professor e aluno para aprimorar, regular e orientar a aprendizagem. Black e William consideram a avaliação formativa a função de dar feedback na aprendizagem. Nicol e Macfarlane-Dick têm conduzido pesquisas em avaliação formativa, mostrando como esses processos podem ajudar estudantes a reconhecerem seus processos de aprendizagem.


A avaliação formativa quebra com os paradigmas da educação tradicional embasada em avaliações somativas. Para realizar uma avaliação o educador precisa:

 1) Ter claro o que se quer saber ao avaliar (mapear a situação de aprendizagem e ensino de um povo/sociedade, realizar uma revisão das práticas pedagógicas, situar o aluno em relação ao seu processo educacional);

 2)Decidir qual função ele deseja que tenha sua avaliação (avaliação formativa, avaliação diagnóstica de etapas de ensino, avaliação diagnóstica de síntese, avaliação certificadora, avaliação normativa de grupo, avaliação externa)

3) Especificar o objeto preciso da avaliação

4) Selecionar um instrumento/ ou instrumentos de avaliação adequados.

Acredito que o melhor instrumento de avaliação é aquele que não exclui as diferenças mas sim o que valoriza as diferenças, tornando-as grandes fontes de expansão de conhecimento e cultura, dando voz e liberdade de pensar, agir e se desenvolver ao educando, tornando-os sujeitos ativos de seu conhecimento. Desta maneira é possível pensar em avaliações realizadas por meio de análise de participação e interesse em sala, portfólios, trabalhos individuais e colaborativos, auto avaliações, entre outros.

O ato de aprender é um processo contínuo que acompanha o ser humano desde o nascimento por toda sua vida, é um ciclo contínuo. Modificar as estruturas das escolas que, tradicionalmente eram divididas em séries, para ciclos é um grande avanço, porém, torna-se um grande problema quando a única coisa que se modifica é a questão da aprovação automática. Para os ciclos funcionarem é preciso uma total reestruturação do sistema educacional, desde seus conceitos, objetivos, conteúdos, estrutura física, metodologias, mentalidades, professores e direção.

Trocar a seriação pelos ciclos sem realizar esta reestruturação completa é sair de um buraco e partir para outro (que talvez seja mais fundo ainda). Para os ciclos funcionarem e a aprovação automática deixar de ser algo tão temido pelos professores é preciso garantir continuidade no desenvolvimento educacional de cada aluno, diagnosticando zonas de desenvolvimento real e proximal, realizando um acompanhamento individualizado, modificando as estratégias e metodologias, para tanto é preciso, primeiramente, que os professores tenham estabilidade em suas escolas, que possam acompanhar seus alunos durante esta caminhada, que possa dialogar com os outros professores sobre suas dificuldades e conquistas, que tenha um espaço/tempo/período em que consiga atender individualmente cada aluno, que tenha á sua disposição grande variedade de materiais e recursos didáticos, entre outras questões que são impossíveis de serem realizadas em salas com 40 alunos e um professor.

A progressão automática e os ciclos são práticas inclusivas e muito mais humanizadas apenas se realmente forem postas em prática, caso contrário, serão mais excludentes e desumanas, privando o aluno do direito de aprender.

___________________________________________________________



-A avaliação deve trabalhar o aluno em sua individualidade
-Devem ser adotados diferentes critérios na realização das avaliações (Portfólio, blog, autoavaliação, participação, apresentações, dedicação, criações, compromisso, trabalhos individuais e colaborativos, entre outros)
-Por meio da avaliação deve ser possível que o professor e o aluno identifiquem os conhecimentos que foram adquiridos e as dificuldades que ainda permanecem.
-Com a análise das avaliações é possível para o professor formular novas estratégias e metodologias de ensino.

_______________________________________________________________________
Continuams as discussões sobre transdisciplinaridade, abordamos nesta aula a lógica ternária presente na transdisciplinaridade.






_______________________________________________________________________

06/06/2011

TRANS- Abertura do olhar sobre o mundo

Na transdisciplinaridade existe a: 

-CONSCIÊNCIA  DE SÍ (Autoconhecimento)

-CONSCIÊNCIA DO OUTRO (Dialogicidade)

-CONSCIÊNCIA DO TODO (Interdependência)

-CONSCIÊNCIA DA NESCESSIDADE DE INTEGRAR OPOSTOS ANTAGÔNICOS (Sentirpensar)


Nesta aula assistimos a um trecho do filme "Sociedade dos poetas mortos". É possível  perceber no trabalho deste professor uma visão transdisciplinar da educação.



13/06/2011


Nesta aula a professora Enny realizou um exercício que teve início individualmente, na exploração de posições de equilíbrio e concentração, "sentindo o movimento de uma árvore", explorando a mudança de peso em seu corpo (frente, trás, lados) Iniciar movimentos com as mãos, braos, pernas, corpo todo. Encontrar um parceiro e iniciar uma inteação, explorando movimentos conjuntamente. Forma-se um quarteto, as interações e movimentos continuam sendo explorados, o quarteto se separa, cada um se perde...aos poucos a iteração se encontra, o quarteto forma-se novamente e se une á outro quarteto, a sala toda se une e tornam-se um corpo, formado de individualidades, mas um...interado, integrado, interdependente!

Depois desta deliciosa experiência conversamos um pouco sobre interação, integração e interdependência.
___________________________________________________________________

Falamos um pouco sobre os portfólios e trocamos "figurinhas" com os outros alunos a respeito dos portfólios.


___________________________________________________________________

 


20/06/2011



Não pude ir nesta aula, estava no curso de extensão de arte Barroca pela UNESP.

____________________________________________________________________
 
20/06/2011

A aula teve início com 4 danças deliciosas!
 


 



Em seguida realizamos uma conversa sobre as aulas neste semestre, foi dada a idéia de montarmos um grupo no  yahoo grupos para realizarmos fóruns acerca dos textos enviados pela professora Enny, idéia que particularmente gostei muito pois enriquece demais os estudos, outro aspecto levantado foi o de os alunos serem mais ativos e participativos comentando nos blogs, trazendo textos, artigos, livros que acham interessante para a sala de aula, a fim de expandir o crescimento pessoal individual e coletivo.

A complexidade realmente é complexa, é impossível agradar á todos...
Um excelente fim de semestre!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário